Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 4 de 4
Filtrar
Adicionar filtros








Intervalo de ano
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(10): e00150320, 2022. graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1404022

RESUMO

Este artigo objetiva discutir o uso da categoria Reprodução Social, proposta por Juan Samaja, na análise sobre condições de vida e de saúde em um contexto de uma unidade de conservação ambiental da Amazônia brasileira. Trata-se de um estudo de abordagem compreensiva sobre os processos da reprodução social que integram a rede de determinação hierarquicamente organizada por meio da análise de interações sociais dos acontecimentos narrados e observáveis, aplicados a matriz de dados. A Reprodução Ecológica da vida na floresta dos ribeirinhos é expressa negativamente na vida biocomunal, pois as estratégias de ação propiciadas pelas Reproduções Política, Econômica e Cultural, ou seja, as ações da política ambiental, não valorizam o modo de vida local. O deficitário acesso aos bens e serviços sociais, incluindo a atenção à saúde, provenientes das Reproduções Política e Tecnoeconômica, repercutem na base material da Reprodução Biocomunal, cujo desfecho são elevadas frequências de queixas de doença e de acidentes de trabalho, como gastroenterites infecciosas, malária, tuberculose, hanseníase e intoxicação por animais peçonhentos. Garantir o acesso aos bens e serviços sociais, em especial à saúde, são imprescindíveis para uma maior resiliência às adversidades da floresta. Conclui-se, então, que a matriz de dados da Reprodução Social possibilitou compreender os processos da reprodução social que integram a rede de determinação hierarquicamente organizada, cujas interações modelaram as condições de vida e de saúde dos ribeirinhos.


Este artículo tiene como objetivo discutir el uso de la categoría Reproducción Social, propuesta por Juan Samaja, en el análisis sobre condiciones de vida y de salud en un contexto de una unidad de conservación ambiental de la Amazonía brasileña. Se trata de un estudio de enfoque integral sobre los procesos de la reproducción social que integran la red de determinación jerárquicamente organizada por medio del análisis de interacciones sociales de los acontecimientos narrados y observables, aplicados a la matriz de datos. La Reproducción Ecológica de la vida en los bosques ribereños es expresada negativamente en la vida biocomunal, pues las estrategias de acción propiciadas por las Reproducciones Política, Económica y Cultural, es decir, las acciones de la política ambiental, no valoran el modo de vida local. El deficiente acceso a los bienes y servicios sociales, incluida la atención a la salud, procedentes de las Reproducciones Política y Tecnoeconómica, repercuten en la base material de la Reproducción Biocomunal, cuyo desenlace son elevadas frecuencias de quejas de enfermedad y de accidentes de trabajo, como gastroenteritis infecciosas, malaria, tuberculosis, lepra e intoxicación por animales venenosos. Garantizar el acceso a los bienes y servicios sociales, especialmente la atención a la salud, es esencial para una mayor resistencia a las adversidades del bosque. Se concluye, entonces, que la matriz de datos de la Reproducción Social permitió comprender los procesos de la reproducción social que integran la red de determinación jerárquicamente organizada, cuyas interacciones modelaron las condiciones de vida y salud de los ribereños.


This article aims to discuss the use of Social Reproduction, proposed by Juan Samaja, in the analysis of living and health conditions in a context of an sustanaible development reserve in the Brazilian Amazon. This study uses a comprehensive approach to Social Reproduction processes that comprise the network of hierarchically organized structures using the analysis of social interactions of narrated and observable events, applied to the data matrix. The Ecological Reproduction of life in the riverside forest is negatively expressed in bio-communal life, as the strategic actions provided by the Political, Economic and Cultural Reproductions, that is, the environmental policy actions, do not value the local way of life. The deficient access to social goods and services, including health care, from the Political and Techno-Economic Reproductions, has an impact on the material basis of the Bio-Communal Reproduction, whose outcome is high frequency of disease complaints and workplace accidents, such as infectious gastroenteritis, malaria, tuberculosis, leprosy, and poisoning by venomous animals. Ensuring access to social goods and services, in particular health care, is essential for improving resilience to the forest adversities. In conclusion, the social reproduction data matrix helped understand the processes of Social Reproduction that are part of the hierarchically organized structures, whose interactions shaped the living and health conditions of the riverside population analyzed in this study.

2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(2): 383-392, Feb. 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-984189

RESUMO

Resumo O modelo de desenvolvimento brasileiro, fortemente baseado na produção de commodities e em indústrias eletrointensivas para trocas nos mercados globais, gera desigualdades sociais e ambientais que desencadeiam diversos conflitos entre povos indígenas e grupos econômicos envolvendo disputas por terra e bens comuns em contextos que influenciam fortemente a situação de saúde dessas comunidades. O objetivo deste artigo é apresentar um panorama dos conflitos socioambientais envolvendo os povos indígenas brasileiros, suas estratégias para garantir o acesso e a qualidade do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SASI), e alternativas que eles têm proposto para o enfrentamento dos problemas gerados. Esta análise se baseia em um mapeamento de conflitos ambientais baseado na revisão bibliográfica de fontes secundárias (do movimento indígena ou seus parceiros) que subsidiaram a construção de relatos sobre os conflitos e a análise das narrativas indígenas sobre o território onde vivem e suas lutas. A partir da qual concluímos que as estratégias de luta pela saúde dos povos indígenas brasileiros são influenciadas pelas suas disputas socioambientais e são parte das mobilizações desses povos pelo reconhecimento integral de direitos.


Abstract The Brazilian development model, based on commodities and electro-intensive industries for trade in global markets, generates social and environmental inequalities that trigger various conflicts between indigenous peoples and communities and economic groups involving disputes over territory and common assets in contexts that influence the health situation of these communities. The objective of this paper is to present an overview of environmental conflicts involving the Brazilian indigenous peoples, their strategies to ensure the sustainability and demarcation of their territories and discuss the forms of pressure of the population on this Subsystem of Indigenous Healthcare (SASI) or alternatives they have proposed to tackle the problems generated. This analysis is based on a mapping of environmental conflicts based on the bibliographical revision of secondary sources (by indigenous movements or their partners) that supported the construction of reports on conflicts and analysis of the indigenous narratives about the territory where they live and their struggles. The conclusion drawn is that the health control strategies of Brazilian indigenous peoples are influenced by their socio-environmental disputes and are part of the mobilization of these peoples for the full recognition of their rights.


Assuntos
Humanos , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Nível de Saúde , Conflito Psicológico , Atenção à Saúde/organização & administração , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Direitos Humanos
3.
Rio de Janeiro; s.n; 2017. 317 p. graf, ilus, map, tab.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-983631

RESUMO

Nas últimas décadas, os povos indígenas têm se mobilizado em torno da garantia jurídica e da continuidade das relações ecológicas que estabelecem em seus territórios tradicionais e resistido ao avanço da economia de mercado ou de obras públicas sobre as áreas necessárias à sua reprodução física, cultural e simbólica. Eles esperam que ao alcançarem o reconhecimento público de sua territorialidade, também possam assegurar a continuidade de suas práticas tradicionais e fortaleçam as pressões sobre o Estado para formular e executar políticas públicas que contribuam para o enfrentamento das consequências negativas das transformações territoriais sobre seu modo de vida e saúde coletiva. O estudo analisou as dinâmicas de tais mobilizações nas terras indígenas dos povos Tupinikim e Guarani Mbyá em Aracruz/ES. Também analisou as estratégias que estas comunidades têm empreendido para assegurar o acesso, a qualidade e o respeito às diferenças étnicas, no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. O estudo qualitativo foi realizado através de entrevistas em profundidade complementadas por análise documental e revisão de fontes secundárias. Conclui que as lutas políticas indígenas trazem consigo um potencial emancipatório a partir de demandas baseadas em relações específicas com a terra, com os ecossistemas e de cuidado à saúde, mas que os povos indígenas, através de suas lutas, ainda não conseguiram traduzí-las em políticas públicas...


In recent decades, indigenous peoples have been mobilized around legal guarantees and the continuity of ecological relations established in their traditional territories and resist the advance of the market economy or public works over the areas necessary for their physical, cultural and symbolic reproduction. They seek public recognition of their territoriality to ensure the continuity of their traditional practices and to pressure the state to formulate and implement public policies that contribute to mitigating the negative consequences of territorial transformations on their way of life and collective health. The study analyzes the dynamics of this type of mobilization between the Tupinikim and Guarani Mbyá peoples in Aracruz/ES. It also analyzes the strategies that these communities have undertaken to ensure access, quality and respect for ethnic differences in the Indigenous Health Care Subsystem. The qualitative study was conducted through in-depth interviews complemented by documentary analysis and review of secondary sources. It concludes that indigenous political struggles bring with them an emancipatory potential from demands based on specific relations with the land, with ecosystems and health care, but that they have not yet been able to translate them into public policies...


Assuntos
Humanos , Conflito de Interesses , Saúde Ambiental , Saúde de Populações Indígenas , Participação Social , Povos Indígenas , Política Pública
4.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 19(10): 4071-4080, nov. 2014.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-722749

RESUMO

O fenômeno da globalização e o crescimento do neoextrativismo na periferia global intensificam a demanda por novos territórios e recursos naturais à economia, resultando em significativos impactos sobre os ecossistemas e a vida das populações vulnerabilizadas. Consideramos que a crise socioambiental impõe novos desafios e exige uma reatualização das bases teórico-metodológicas da saúde coletiva e dos determinantes sociais da saúde. O objetivo deste artigo é apresentar aportes teóricos para a construção de um enfoque socioambiental crítico a partir de uma revisão bibliográfica orientada por experiências anteriores de mapeamento de conflitos ambientais e pela realização de estudos empíricos em áreas conflituosas. Apresentamos contribuições de disciplinas como a sociologia, a ecologia política, os estudos pós-coloniais e a geografia, para a discussão da determinação socioambiental da saúde, bem como experiências de construção de conhecimentos emancipatórios que integram sujeitos políticos, resistências e alternativas para a sociedade.


The phenomenon of globalization and the increase in neo-extractivism in the global periphery intensify the search for new territories and natural resources for the economy, resulting in significant impacts on ecosystems and on the lives of vulnerable populations. It is considered that the environmental crisis imposes new challenges and requires an updating of the theoretical and methodological foundations of collective health and the social determinants of health. The scope of this paper is to present theoretical contributions to the construction of a critical socio-environmental approach from a review of the literature structured around previous work on the mapping of environmental conflicts, and conducting empirical studies in conflicting areas. The contributions of sociology, political ecology, postcolonial studies and geography is summarized for the discussion of the socio-environmental determinants of health, as well as experiences that integrate emancipatory knowledge, political subjects, resistances and alternatives for society.


Assuntos
Humanos , Saúde Ambiental , Saúde Pública , Meio Social , Conflito Psicológico
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA